Com o visionamento do vídeo “Epic 2014” podemos perceber melhor o desenvolvimento das novas tecnologias, nomeadamente da Word Wide Web (www), e as suas implicações na cultura, na sociedade e na economia do mundo actual. Este filme foi realizado no ano de 2004 e prevê, ou melhor, tenta adivinhar o que irá acontecer até 2014/2015 com algumas empresas que começavam a surgir na época, como é o caso da Google. De facto, a partir de 1989, uma série de acontecimentos relacionados com as novas tecnologias vêm-se sucedendo, dando às pessoas a oportunidade de acesso a uma série de informações e de conteúdos que não seria possível sem o incremento das novas formas de comunicação e de informação. Este aparente facilitismo de acesso pode estar a camuflar uma série de perigos, como o controlo dos indivíduos e da sua própria privacidade e liberdade. As TIC (tecnologias de informação e comunicação) fomentam a globalização e consequentemente uma uniformização de pensamentos e uma consequente passividade perante aquilo que nos é apresentado como sendo o melhor para nós e para o nosso desenvolvimento. Devemos, por isso, ser capazes de compreender que, como nos diz Saramago, em “A Janela da Alma”, “não é pelo facto de as coisas serem modernas, que elas são necessariamente boas”. Fazendo o paralelo do filme “Epic 2014” com “A Janela da Alma”, de José Saramago e “The Machine is Us” concluímos que esta evolução de novas formas de informação e de comunicação pode representar a perda da nossa identidade enquanto Seres Humanos e levam-nos a formular algumas questões: afinal quem é a máquina? Afinal quem controla o quê? Observando a sociedade actual o que parece transparecer é que as máquinas estão a dominar o Homem, a criação está a controlar o criador. Os nossos actos, os nossos horários, os nossos hábitos e os nossos pensamentos parecem ser, cada vez mais, ditados em função do que é difundido pelas TIC. As novas tecnologias estão aí, está tudo ao nosso alcance, parece que podemos fazer qualquer coisa a qualquer momento, contudo, os problemas sociais que originam exclusão e desigualdades continuam a ser as mesmos e nada parece ter mudado a esse nível, é este rumo que queremos tomar? Ou como nos diz José Saramago “não estaremos a tomar o mau caminho e a deixarmo-nos levar por uma espécie de máquina que nos empurra a todos na mesma direcção?"
Implicações das Tecnologias da Informação e Comunicação em Rede na Sociedade: visão prospectiva
Aprendizagem e Comunicação em Rede | terça-feira, 8 de junho de 2010 |
Com o visionamento do vídeo “Epic 2014” podemos perceber melhor o desenvolvimento das novas tecnologias, nomeadamente da Word Wide Web (www), e as suas implicações na cultura, na sociedade e na economia do mundo actual. Este filme foi realizado no ano de 2004 e prevê, ou melhor, tenta adivinhar o que irá acontecer até 2014/2015 com algumas empresas que começavam a surgir na época, como é o caso da Google. De facto, a partir de 1989, uma série de acontecimentos relacionados com as novas tecnologias vêm-se sucedendo, dando às pessoas a oportunidade de acesso a uma série de informações e de conteúdos que não seria possível sem o incremento das novas formas de comunicação e de informação. Este aparente facilitismo de acesso pode estar a camuflar uma série de perigos, como o controlo dos indivíduos e da sua própria privacidade e liberdade. As TIC (tecnologias de informação e comunicação) fomentam a globalização e consequentemente uma uniformização de pensamentos e uma consequente passividade perante aquilo que nos é apresentado como sendo o melhor para nós e para o nosso desenvolvimento. Devemos, por isso, ser capazes de compreender que, como nos diz Saramago, em “A Janela da Alma”, “não é pelo facto de as coisas serem modernas, que elas são necessariamente boas”. Fazendo o paralelo do filme “Epic 2014” com “A Janela da Alma”, de José Saramago e “The Machine is Us” concluímos que esta evolução de novas formas de informação e de comunicação pode representar a perda da nossa identidade enquanto Seres Humanos e levam-nos a formular algumas questões: afinal quem é a máquina? Afinal quem controla o quê? Observando a sociedade actual o que parece transparecer é que as máquinas estão a dominar o Homem, a criação está a controlar o criador. Os nossos actos, os nossos horários, os nossos hábitos e os nossos pensamentos parecem ser, cada vez mais, ditados em função do que é difundido pelas TIC. As novas tecnologias estão aí, está tudo ao nosso alcance, parece que podemos fazer qualquer coisa a qualquer momento, contudo, os problemas sociais que originam exclusão e desigualdades continuam a ser as mesmos e nada parece ter mudado a esse nível, é este rumo que queremos tomar? Ou como nos diz José Saramago “não estaremos a tomar o mau caminho e a deixarmo-nos levar por uma espécie de máquina que nos empurra a todos na mesma direcção?"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário